Elemento filtrante nominal ou absoluto: entenda os 2 modelos

Filtros com elemento filtrante nominal retêm contaminação sem trazer comprovação da quantidade e tamanho das partículas retidas, com eficiência inferior a 99,5%. Filtros com elemento filtrante Absoluto são determinados a partir da retenção de partículas, de acordo com a Razão Beta (β) e eficiência acima de 99,5%.

Para evitar gastos desnecessários com paradas, troca de peças, manutenções e transtornos na operação, o óleo precisa estar em bom estado para que a máquina, carro, indústria e qualquer sistema hidráulico e diesel consiga operar de forma satisfatória e qualitativa. Porém, para que isso ocorra, é necessário que todo o sistema esteja funcionando de maneira correta, a começar pelo processo de filtragem.

A filtragem é a tecnologia responsável por eliminar a contaminação presente no óleo. De maneira resumida, é o processo de forçar a passagem de um líquido ou gás através de um material poroso com o objetivo de retirar partículas suspensa (sólidas ou de água). Essas partículas, por sua vez, causam grandes danos no dia a dia quando não eliminadas, como:

  • Lentidão de desempenho;
  • Baixa de produtividade;
  • Dificuldade de operação;
  • Aumento de gastos com manutenção;
  • Necessidade de reposição de peças;
  • Desgaste acelerado de equipamentos;
  • Máquinas paradas, entre outros.

 

Entretanto, para que a filtragem seja eficiente, é fundamental garantir que o elemento filtrante esteja em condições adequadas. O melhor elemento filtrante para a filtragem, se você procura por retenção de micragens microscópicas de até 2 micras, é o absoluto e de profundidade.

O que é um elemento filtrante?

Também conhecido como cartucho ou refil, o elemento filtrante tem papel fundamental na remoção de água e partículas sólidas do óleo. Trata-se da parte móvel do filtro, a qual atua na retenção de partículas visíveis a olho nu e microscópicas.

O elemento filtrante evita que a sujeira circule e danifique sistemas hidráulicos, lubrificantes e de combustão de máquinas e veículos. Ou seja, as partículas sólidas e de água são impedidas de retornarem à tubulação.

O elemento filtrante evita que a sujeira circule e danifique sistemas hidráulicos, lubrificantes e de combustão de máquinas e veículos. Ou seja, as partículas sólidas e de água são impedidas de retornarem à tubulação. Há dois tipos de elementos filtrantes mais conhecidos e utilizados. O de superfície e o de profundidade. Ambos atuam na remoção da água e de partículas sólidas do óleo e ainda podem ser categorizados como absolutos ou nominais.

Filtro Nominal

Filtros nominais retém contaminação sem trazer comprovação da quantidade e tamanho das partículas retidas. Por exemplo, se um filtro é nominal em 25 micras, ele irá reter partículas de 25 micras ou maiores, mas com eficiência inferior a 99,5%. Acima de 99,5% torna-se absoluto. Nesse caso não há a comprovação da quantidade de partículas de 25 micras que serão retidas, apenas que ele consegue capturar até esse tamanho. Se um filtro consegue reter, de forma geral, partículas de até 25 micras, as menores não são capturadas e passam pelo elemento filtrante com facilidade.

Filtro Absoluto

Filtros absolutos, aqueles que, através de comprovação por laboratórios e análises de óleo, são identificados pela eficácia exata no tamanho e quantidade das partículas retidas. Acima de 99,5%
torna-se absoluto. São absolutos em determinados tamanhos de partículas e de acordo com a Razão Beta (β). Por exemplo, se um filtro é absoluto em 2 micras na Razão Beta 300, significa que ele retém mais de 99,5% das partículas de 2 micras. Partículas grandes, como as de 25, 40 micras ou maiores, são capturadas tranquilamente por filtros absolutos, já que as de 2 micras são retidas quase 100%.

  • Elemento filtrante de superfície

Como o nome mesmo diz, o elemento retém as partículas de contaminação em sua superfície. Se a espessura do meio filtrante é semelhante à granulometria das partículas a ser extraídas, o processo recebe o nome de filtração de superfície. Os mecanismos de filtragem são a colisão ou o peneiramento. É muito comum encontrar filtros de ar desse modelo. Outro exemplo de filtragem de superfície são os filtros a base de microfibra inorgânica, com eficiência maior que os filtros de superfície comuns, já que sua porosidade é menor (3 micras), como os filtros F03A.

elemento filtrante

nominal

Os elementos filtrantes de superfície retém partículas de tamanho limitado, geralmente até 25 micras. Cada micrômetro representa 1 milímetro dividido por 1000. Neste caso, as partículas grandes e as invisíveis a olho nu, são retidas, mas com tamanho mínimo de 25 microns.

  • Elemento filtrante de profundidade

Um elemento filtrante de profundidade é feito de celulose de fibras longas. As fibras são organizadas e envelopadas especificamente num processo industrial, cuja aparência final se assemelha a bobinas de papel altamente densas. Tais “bobinas” são fabricadas em tamanhos específicos para se encaixarem apropriadamente nas estruturas e cascos dos filtros. Os contaminantes percorrem uma espécie de “labirinto” no interior do dispositivo ficando presos nas microfibras entrelaçadas que constituem a rede filtrante.

elemento filtranteabsolutoO elemento filtrante de profundidade FM02 é constituído por uma rede aleatória de microfibras de granulometria bem pequena, a ponto de reter partículas microscópicas, de até 2 micrasRetém partículas de tamanhos grandes e as microscópicas também, mas sua grande vantagem é a retenção de partículas ainda menores das que os elementos filtrantes comuns conseguem atingir.

Embora os filtros de profundidade possam parecer melhores sempre, a indicação de qual filtro é mais adequado depende de cada caso.

Como atua o elemento filtrante?

O elemento filtrante atua simultaneamente na remoção de água e de partículas sólidas (areia, poeira, limalha, entre outros). As fibras longas de celulose agem contra a água formada no sistema pela combustão ou pela condensação, e a absorvem como se fosse uma esponja. Ao mesmo tempo, permitem a passagem das moléculas do óleo e aditivos por entre as fibras densamente dispostas nas estreitas galerias do filtro.

O óleo passa pelo elemento filtrante enquanto partículas diminutas de carbono, metais de desgaste e partículas de silício são extraídas. A sujeira é absorvida pela extensa superfície de contato do filtro, que também remove a água presente no óleo. 

VÍDEO – Equipamento de filtragem com elemento filtrante de profundidade

Remoção de partículas sólidas

As partículas sólidas (areia, limalha, poeira, ferrugem, terra, entre outros) invariavelmente estão presentes nos sistemas de combustão, hidráulicos e lubrificantes. Isso por meio de problemas de armazenamento de óleo, entrada de ar contaminado, componentes mecânicos contaminados, ou ainda por resíduos da queima. Dentro de sistemas, essas partículas fluem através da alta pressão e jateiam seus componentes, como: bombas, válvulas, cilindros e vedações.

Com a utilização de elemento filtrante de profundidade, o problema com a contaminação do óleo, até mesmo por micropartículas, é resolvido. As partículas de até 2 microns ficam presas nas galerias dos elementos filtrantes de profundidade.

Remoção da água

A umidade natural formada no reservatório, ou mesmo a água condensada proveniente das variações de temperatura do equipamento, causam danos nas paredes do tanque. Isso gera ferrugem, fungos e bactérias, contaminantes os quais são captadas pela bomba e distribuídos em todo o sistema.

Em máquinas modernas, a tolerâncias para o teor de umidade é tão pequena que a expansão de água condensada causa “explosões” contra as áreas de contato das peças. O evento, por sua vez, produz novas partículas de desgaste e, consequentemente, as áreas de contato perdem o filme lubrificante. Ou seja, a água condensada ataca as superfícies metálicas por meio da corrosão e vai lentamente penetrando nos poros microscópicos. Isso causa desgaste por fadiga.

Novamente, para resolver esse tipo de problema, a utilização de elemento filtrante de profundidade é recomendada. A ação faz com que a umidade seja absorvida pelas fibras do elemento, eliminando a contaminação do sistema.

Conclusão: qual o melhor elemento filtrante?

 

Como vimos anteriormente, tanto a umidade, como as partículas sólidas, são as grandes vilãs dos sistemas lubrificantes e hidráulicos. A ação dos contaminantes geram danos a bombas, válvulas, cilindros e vedações. No entanto, graças ao uso do elemento filtrante correto, tais problemas podem ser prevenidos, o que garante a qualidade do óleo.

Embora os filtros de profundidade possam parecer melhores sempre, a indicação de qual filtro é mais adequado depende de cada caso.

O elemento filtrante de profundidade realizada a chamada “microfiltragem” de óleo e fluidos. A técnica de manutenção preditiva evita que a umidade e as partículas sólidas, como metais (que têm origem nos eventos de atrito no sistema), acelerem o processo de oxidação do óleo e desgaste de aditivos do óleo.

Atenção - wpp

Rolar para cima
×

Olá!

Clique em um de nossos representantes abaixo para bater um papo no WhatsApp ou envie um e-mail para [email protected]

× Iniciar conversa!