O óleo solúvel, assim como outros fluidos lubrificantes, tem a função de lubrificar engrenagens, sistemas hidráulicos e lubrificantes em geral, como radiadores, máquinas industriais e usinagens. Sua tarefa é diminuir o atrito entre as superfícies para evitar o desgaste precoce dessas peças.
Um detalhe que precisamos estar atentos quando trabalhamos com óleo solúvel é em relação a contaminação, já que este fluido está interligado diretamente com a entrada de contaminação externa que atinge os sistemas hidráulicos. 
Atualmente, os sistemas hidráulicos estão cada vez mais modernos, eficientes e produtivos. Fabricantes atuam frequentemente visando a redução de tempos de ciclo e das folgas entre as superfícies metálicas, à medida que elevam a pressão, a potência e a força de escavação das máquinas. Com isso, o controle de contaminação presente nos óleos em geral deve ser monitorado para que falhas e paradas desnecessárias sejam evitadas e isso também se torna possível quando identificamos a NAS 1638 apresentada nos fluidos como, nesse caso, no solúvel.
ENTENDA A NORMA NAS 1638
A norma NAS 1638 avalia o nível de contaminação de fluidos hidráulicos, isso por meio da contagem de partículas em 100 ml e essa norma pode ser encontrada em laudos de laboratórios. Assim como a NAS 1638, há também a ISO 4406 e a SAE 4059 – criada para ser substituta da NAS 1638, mas ainda as duas normas são muito usadas.
A NAS 1638 é dividida em 5 categorias de contagem:
- Partículas de 5 a 15 micrômetros;
- De 15 a 25 micrômetros;
- De 25 a 50 micrômetros;
- De 50 a 100 micrômetros;
- Maior ou igual a 100 micrômetros
Micrômetro é o mesmo que micras, micragem, microns e mícron. Cada micrômetro é 1 milímetro divido por 1000.
A NAS 1638 é categorizada em classes, de acordo com o tamanho das partículas. Ela vai de 000 até 12, sendo 000 um fluido mais puro e limpo e 12 mais contaminado e sujo.
Funciona assim: se você fizer uma análise de óleo, como neste exemplo, para o óleo solúvel, no laudo irá constar a quantidade de partículas existentes de acordo com seu tamanho. Se tiver, por exemplo, 9.796 partículas de tamanho entre 25 a 50 micrômetros, a NAS 1638 deste fluido será 10.
COMO DIMINUIR A NAS 1638 DO ÓLEO SOLÚVEL
O primeiro passo é fazer uma análise de óleo para saber o nível de contaminação presente no fluido e descobrir a NAS 1638 que ele apresenta no momento. Depois você precisa decidir qual nível de limpeza quer alcançar para esse fluido solúvel. O nível indicado para óleos hidráulicos, solúveis e lubrificantes de acordo com o padrão desenvolvido para definir a classe de contaminação, em contagem das partículas por 100 ml, designa que, entre NAS 6 e 8, os fluidos estão em estado de novos.
Agora que você sabe o quanto de contaminação apresenta no fluido solúvel, precisa reduzir a NAS 1638, o que é um trabalho fácil com a microfiltragem de óleo. A microfiltragem, em fluidos solúveis, retém partículas microscópicas – de até 3 micrômetros. Ou seja, o fluido fica livre de contaminantes com tamanhos grandes e também os microscópicos, podendo atingir a NAS 4, muito melhor que o estado de um óleo novo, direto dos produtores.
Materiais - ESTUDO DE CASO: REDUZIR A NAS DO ÓLEO SOLÚVEL
A MICROFILTRAGEM DE ÓLEO
O filtro responsável pela limpeza deste fluido, o F03A retém partículas sólidas de até 3 micrômetros. Uma das características deste elemento filtrante é permitir a passagem de água, com isso, pode ser usado em óleos solúveis.
Como funciona o filtro: As partículas sólidas são separadas principalmente por deposição dentro dos poros do elemento filtrante. Esse filtro, que fica alocado dentro do equipamento de microfiltragem, é capaz de reter resíduos microscópicos através da sua superfície.
Eliminar contaminação do óleo é uma tarefa difícil, mas com o produto certo e a manutenção preventiva em dia, fica muito mais fácil garantir a qualidade do óleo diesel, hidráulico e de lubrificantes.
